Logo que começamos a pensar no dinheiro para a viagem, veio a dúvida de como fazer para levar ele. Depois de muitas pesquisas decidimos dividir o dinheiro em 3 partes para facilitar a administração. 

Dinheiro não é problema, dinheiro é solução. O problema é arranjar dinheiro! E esse foi o nosso drama. 

O coração bateu acelerado de empolgação, a cabeça foi longe nos lugares e pessoas que poderíamos conhecer, fizemos planos mirabolantes, mas não ia ser tão fácil assim: nós precisávamos de um plano!

Muitas vezes não sabemos qual é o dia da semana e os domingos não são mais deprimentes. O dia a dia passa a ser uma constante de descobertas e desafios e é preciso fazer escolhas, desapegar e respeitar o cansaço do corpo e a mente.

Ainda no começo da viagem era desesperador ver o tempo passando e eu na frustrante expectativa de milagrosamente saber o que fazer da vida. Mas isso não me paralisou e já que eu não encontrei o meu caminho, eu criei um!

Até que numa noite qualquer surgiu a ideia da Volta ao Mundo. Nós sabíamos que era uma decisão difícil, implicava em interromper tudo que havíamos construído, a tal estabilidade, a tal carreira.

Eduardo e Mônica mudaram. Mudaram muito, mudaram a forma de pensar, de agir, de relacionar, mudaram fisicamente, mas a principal mudança está dentro deles e essa não tem como explicar.

Meu foco era me sentir bem com a minha imagem o tempo todo, mas sem carregar peso extra na mochila. Defini prioridades e tomei consciência que o brilho dos olhos e a beleza da paisagem chamam mais atenção do que qualquer unha descascada ou ponta dupla. 

Há 3 anos atrás saí da empresa onde trabalhava para encarar o mundo de uma forma diferente. No início parece que estamos sozinhos, mas logo percebemos que mundo está de braços abertos para nos receber.

Quando fazemos uma foto, nós sorrimos até quando não queremos. Mas na Mongólia eles conseguem ser verdadeiros sendo eles mesmos, sorrindo ou não. Eles não precisam de disfarces para serem quem são.

Sempre gostei de viajar, me sinto mais viva, mais aberta, mais curiosa fora da minha zona de conforto. Isso me estimula e me torna uma pessoa mais autêntica para mim mesma.

Viajante nunca estão totalmente seguros, principalmente porque não fazem parte da cultura local. Mas existem algumas atitudes que podem ajudar enquanto estiver na estrada.

Entraram na Ásia, aprenderam um jeito novo de ver as coisas e compartilharam experiências com outras pessoas que estão fazendo mesmo tipo de viagem.