Diário Fotográfico: Aldeia Indígena Cipiá da Amazônia
Texto e Fotos: Eduardo Viero | @eduviero
Aldeia Indígena Cipiá da Amazônia
Nós fotógrafos sempre buscamos fazer imagens que não nos é comum. É normal eu conversar com fotógrafos de viagem e o assunto ser fotografia de povos diferentes, pelo menos para nós. Para os indianos, os próprios indianos ou os Sadhu, aqueles que renunciaram aos bens materiais, para eles essas pessoas são normais e não são nada demais para registrar. Já para nós ocidentais essas imagens são surpreendentes.
Trazendo mais para a nossa realidade, vamos falar sobre tribos indígenas do Brasil. Sempre tive vontade de visitar e principalmente fotografar uma aldeia indígena, principalmente da Amazônia. Eu queria ter um tempo considerável com eles para poder registrar de forma natural e de sua forma real.
Infelizmente, isso não é algo fácil de se fazer. Tive pouco tempo e um acesso bem limitado. Mas se você tiver mais tempo, mais recursos e contatos, isso fica muito mais fácil.
Para quem não tem esses 3 atributos acima, como eu, podemos ir para o oposto, sem tempo, pouco dinheiro e sem contato, mesmo assim é possível visitar uma tribo indígena por um tempo, fotografar e ainda entender um pouco da sua cultura e costumes. Meu objetivo aqui não é explicar como cheguei lá, porque temos artigos específicos aqui no blog sobre isso. Quero dividir como foi a minha experiência naquele dia.
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Aldeia Indígena Cipiá da Amazônia
Naquele dia pegamos um passeio de um dia em Manaus que leva para conhecer diversos pontos na Amazônia, e um deles é uma visita à uma tribo indígena chamada CIPIÁ. Lá, logo quando chegamos, fomos recepcionados pelo chefe da tribo, não lembro o nome dele, mas vou deixar escrito na foto dele quem ele é. Após a recepção, ele fez uma breve apresentação de sua tribo e falou um pouco dos costumes deles e tudo mais.
Então nos é explicado tudo o que vai acontecer lá, primeiro ele se apresenta para o grupo que chegou lá, depois eles vão fazer umas apresentações que são danças e suas musicas, quando acabar, você terá um tempo para comprar os souvenires, tem bastante coisa legal, como colares, pulseiras e outros artigos indígenas, nesse mesmo tempo os índios fazem desenhos no rosto e no corpo dos turistas, mas claro que você deve pagar para isso. Entre a chegada e a partida, tivemos menos de 40 minutos.
Como foi fotografar os índios da Amazônia
Embora o que eu mais queria era poder ir sozinho para uma tribo indígena da Amazônia, e me conectar com eles para poder tirar o melhor proveito do momento, naquela hora, era o que eu tinha. E eu não poderia desperdiçar o momento em função da minha vaidade de exclusividade no lugar. Eu sempre falo isso para meus alunos e leitores: o momento perfeito é aquele em que você está, então tire o melhor que der.
Como eu havia prestado atenção na dinâmica da situação, me preparei mentalmente e me concentrei no que era importante. Sinceramente não prestei muita atenção na apresentação, embora inconscientemente sim, pois eu estava próximo deles e fotografando.
Fiz então algumas fotos das danças, o que eu achei bem OK na minha parte fotográfica. Acredito que poderia ter feito melhor, mas foi o que deu para fazer. O que eu acho que fiz muito bem foram os retratos, eu tive o equivalente de 15 minutos para fazer uns 10 retratos, se não me engano.
Nessa hora você não pode pensar muito, ou se questionar se deve ou não ir falar com eles. Aquela é a hora e depois não tem mais. O tempo é curto e o dinheiro é escasso, você não vai voltar lá no outro dia e aí resolver fazer o que deveria ter feito naquele instante.
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Claro que eu tenho experiência em fotografar pessoas, chegar para alguém e pedir uma foto e tirar o melhor dela é algo mais fácil para mim. Talvez um fotógrafo menos experiente não consiga com tanta facilidade.
Quando eu comecei a conversar e buscar os índios aqui e ali para eu fazer as fotos no caso retratos, eu já tinha em mente a posição e onde eu queria fazer as fotos. Eu não podia me dar ao luxo de escolher a melhor luz, o melhor ângulo ou local da foto. Eu tinha que fazer o que eu podia com o que eu tinha, e o que eu menos tinha era tempo, e o que eu mais tinha era minha visão.
E o resultado você confere abaixo. O meu Diário Fotográfico da Aldeia Indígena Cipiá da Amazônia.
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