Eduardo & Mônica

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Dinheiro: Levar e Administrar

Texto: Mônica Morás

Logo que começamos a pensar no dinheiro para a viagem (aqui), veio a dúvida de como fazer para levar ele, afinal não era uma viagem de férias. Depois de muitas pesquisas decidimos dividir o dinheiro em 3 partes: dólar em espécie, cartão travel money e Paypal. O cartão de crédito serviria apenas para passagens aéreas.

LEVAR O DINHEIRO

√ DOLAR EM ESPECIE

Uma parte carregaríamos conosco em dólares, porque muitos lugares só aceitam dinheiro (cash).

Vantagens:

  • É dinheiro em espécie e isso facilita a negociação cabial.
  • Alguns países aceitam os pagamentos em dólar, como no Camboja.
  • Agumas fronteira com visa on arrival (visto) aceitam apenas (ou preferencialmente) dólar em espécie, como Indonésia, Laos e Camboja.

Desvantagens:

  • Ter muito dinheiro em espécie é sempre um risco para roubos.
  • Casas de câmbio em aeroportos são os piores lugares para fazer câmbio, pois a cotação sempre é desfavorável para quem vende dólar. E por isso nos aeroportos, quando chegamos, usamos apenas o travel money.

 

√ CARTÃO TRAVEL MONEY

o dinheiro fica na conta bancária no Brasil e toda movimentação é online, passando o dinheiro para o cartão travel money, que é um produto do banco.

Vantagens:

  • O dinheiro já entra em dólar no cartão e o iof é cobrado apenas uma vez, na hora da compra.
  • A transação é eletrônica, o que significa que o dinheiro entra na hora para o cartão.
  • É possível sacar na moeda local do país que estamos e em todos os caixas eletrônicos com a bandeira Master (o nosso cartão).
  • Quase todos os lugares que aceitam cartão de crédito, aceitam esse cartão também.
  • Em países onde o cartão de crédito internacional tem uso restrito na internet por causa do alto número de fraudes, o travel money funciona.
  • O saldo é compartilhado entre dois cartões. Caso um se perca, temos outro. 

Desvantagens:

  • Cada saque tem uma taxa de 3 dólares, então sempre fazemos saques altos e mantemos dinheiro local conosco.
  • A recarga mínima é de 50 dólares.
  • Alguns caixas eletrônicos cobram para fazer saques internacionais, então tem que evitar eles.
  • Alguns países são mais restritos ao uso de cartões internacionais (não aceita!), como a China, onde só conseguimos sacar no Bank of China.
  • O valor do dólar é mais alto na hora da compra, como numa casa de câmbio.

 

√ PAYPAL

A maneira mais prática, rápida e segura de pagar e receber dinheiro online.

Vantagens:

  • A conta é online e não existe cartão. Tudo é feito através do email e senha cadastrados.
  • A conta bancária do Brasil e os cartões de crédito ficam lincados. Caso não tenha saldo suficiente para um pagamento, é debitado do cartão de crédito. Ou caso queira transferir o saldo do Paypal para a conta bancária, é possível.
  • Muitas lojas passaram a aceitar o Paypal no pagamento, como a Apple. Algumas cias aéreas e de trem aceitam Paypal.
  • Pagamos nossa hospedagem Airbnb através do Paypal e quando nosso anfitrião oferece tours, pagamos dessa mesma forma.
  • Nossos trabalhos de freelancer são recebidos apenas pelo Paypal, porque toda a transação é eletrônica e acontece no mesmo instante, e podendo conferir junto se o dinheiro entrou. 

Desvatagens:

  • Nem todos os lugares aceitam esse tipo de pagamento.
  • Não temos uma conta fora do Brasil, então sempre perdemos dinheiro quando passamos saldo para a conta do Brasil (venda de dólar) e depois para o travel money (recompra de dólar). É como se trabalhassemos no Brasil, porque vivemos com o custo do real, e não do dólar. Já perdemos muito dinheiro com isso.


DESAFIOS

  • O dólar não pára de subir, então usamos cartão de crédito apenas para passagens aéreas, pois nunca sabemos de fato quanto vai ser a fatura.
  • Não fazemos saques no cartão de débito nem crédito. Os bancos cobram taxas absurdas por essa modalidade e o valor é convertido da moeda local pra dólar e na fatura vem o valor em reais. Ou seja, somos cobrados duas vezes e ainda ficamos presos nos limites de crédito.
  • Perdemos muito dinheiro com as transações do Paypal para o Brasil e a recompra para o travel money. Sim é ruim, mas é a nossa opção salva-vidas!
  • Fazer uma conta offshore não é pra todo mundo, tem algumas exigências a serem cumpridas e só descobrimos isso pouco antes da viagem, quando já não dava mais tempo Essa conta protege o dinheiro das variações cambiais em outra moeda num país estrangeiro. Exemplos são o HSBC e o Citi Bank.
  • Os nossos bancos que mais movimentamos estão de sacanagem com a gente. Eles “descobriram” que nós existimos nesses tempo fora e resolveram fazer todas as coisas erradas que um banco pode fazer com um cliente. Isso nos tira a paciência, porque nossas mães precisam ir até os gerentes tentar resolver e algumas coisas simplesmente exigem a nossa presença física lá. Sequer os números para atendimento internacional funcionam!  

 

ADMINISTRAÇAO

  • Nós temos um limite por dia de 25 dólares de gastos para cada um aqui na Asia, incluindo hospedagem, alimentação, transporte e eventuais tours, compra de produtos de higiene, etc.
  • Nunca podemos ultrapassar isso e normalmente “sobra”, porque já aprendemos a viajar barato. Então usamos essa “sobra” compensar/diluir nos tours caros que fizemos (Halong Bay US$ 180, Angkor Wat US$ 60, Elefantes US$ 120, Muralha da China US$ 100, etc), n vistos (Indonésia US$ 35, Laos US$ 30, Camboja US$ 30) e nas passagens de longa distância. Na Tailândia, por exemplo, conseguimos economizar mais de 30% do nosso limite por semana.
  • Não anotamos os gastos, apenas sabemos a nossa média semanal e controlamos diariamente na carteira o quanto sai de cash. Corremos atrás de trabalhos e fazemos a conta de quantos dias ele vai nos sustentar até conseguirmos outro. Bem mais prático!
  • Sacamos sempre valores altos pros padrões da Ásia, no mínimo de 100 dólares para as despesas semanais, porque a hospedagem é paga no Paypal.
  • Nos últimos dias em cada país já começamos a controlar diferente o dinheiro para não sair com moeda local. Além de “não valer nada” fora do país, é um desperdício de dinheiro.
  • Em cada novo país sacamos dinheiro no travel money. Jamais fazemos câmbio em aeroportos, estações de trens ou rodoviárias, onde é fácil sair perdendo na cotação.
  • Já cansamos de nos estressar com a alta do dólar. Não controlamos a economia do país, mas controlamos a nossa resposta a atual situação. E como negatividade atrai negatividade, respiramos fundo e continuamos controlando os centavos do nosso dinheiro.

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