Eduardo & Mônica

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Por Que Eu Larguei Tudo e Fui Viajar

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Texto:  Mônica Morás    Foto: Eduardo Viero

Sabe quando tudo parece estar errado?

Você já acorda desanimado, pensa em milhões de coisas do que poderia estar errado, mas nada vem à  mente. Afinal você tem uma família amorosa, amigos que te apoiam, formação acadêmica consistente, um emprego numa empresa com ambiente bom e um salário razoável... Mas ainda assim você não é feliz!

E sabe quando você começa a se questionar?

E daí você pensa que talvez você devesse seguir aquelas fórmulas milagrosas em apenas 5 passos que os gurus motivacionais dão de graça pelo Youtube. Mas para seguir isso seria preciso abandonar aquilo, e abandonando aquilo eu fico sem aquele outro, e para cada nova decisão existe uma consequência. Milhares de outras dúvidas vem à cabeça e você fica mais confuso ainda do que quando estava “apenas” infeliz.

Mas você tem medo.

No fundo você sabe o que te incomoda é tem medo de agir, porque ações geram reações e a incerteza é uma inimiga cruel. Você tem medo, porque agora você é adulto, tem responsabilidades, as pessoas esperam que você faça determinadas coisas e afinal olha só a idade que você já tem... "já não dá mais tempo de mudar".

E você paralisa e segue fazendo as mesmas coisas enquanto o seu tempo passa.

Comigo não foi diferente, mas eu cansei de ter que satisfazer as expectativas do outros. Eu tinha (e ainda tenho) sonhos, já estava com vinte e muitos anos e continuava infeliz sem saber “o que eu queria ser quando crescesse”. O caso eu que eu já havia crescido... eu era a consequência de várias decisões que eu havia tomado.

Sempre gostei de viajar, me sinto mais viva, mais aberta, mais curiosa fora da minha zona de conforto. Isso me estimula e me torna uma pessoa mais autêntica para mim mesma. Então por que não viajar para descobrir algo que eu pudesse trabalhar e me fazer sentir feliz ao mesmo tempo? Afinal eu sempre trabalhei mesmo para pagar meus estudos e gastar cada centavo extra em viagens. Nada podia dar errado, porque afinal já estava tudo errado. Só existiam as chances de dar certo!

O destino conspira!

Foi eu decidir abandonar aquela vida que já nem parecia minha, que tudo começou a se encaminhar. Meu problema principal era juntar dinheiro para uma viagem grande (problema grave!) e poucas semanas depois da minha decisão, a filial da empresa que eu trabalhava foi fechada. Pronto, nada mais me prendia e ainda por cima recebi o dinheiro que precisava na rescisão. Havia chegado o momento de "me perder para poder me encontrar". Clichê, mas eu pensava assim. 

Mas nem tudo é fácil...

Já no começo da viagem o dinheiro acabou, Eduardo e eu tivemos a pior crise que quase nos separou e o que era um meu sonho de ano sabático estava prestes a morrer na praia com três meses. Até que o destino conspirou de novo e as coisas mudaram na Tailândia. E para que o sonho se mantenha vivo preciso trabalhar muito mais do que trabalhava no emprego "normal". Tive que botar em prática toda a minha cara de pau, força de vontade, resiliência para ouvir o não e experiência profissional dos anos passados para conseguir o sim. 

Mas várias coisas boas aconteceram nesse caminho: eu aprendi a valorizar mais as coisas, pessoas e sentimentos; a viver com menos; a respeitar a minha opinião e a me calar para evitar o estresse desnecessário. Descobri que largar tudo não é exatamente como se pensa, porque simplesmente é impossível largar tudo! A família fica, o sentimento fica, uma história fica, até as malditas contas ficam! Mas dá sim para desapegar de pessoas, sentimentos e coisas que fazem mal. Assim como aconteceu como Eduardo quando ele largou tudo para ser fotógrafo.

Eu ainda não descobri o que eu quero ser quando crescer, nem daqui a 5 anos, mas eu já descobri quem eu quero ser e por isso comecei minha transformação. Eu entendi finalmente o que o Steve Jobs quis dizer com: "Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. (...) E mais importante, tenha coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo mais é secundário." 

E sabe o que eu descobri também?

Eu não estava sozinha nessas dúvidas todas. Conheci pessoas de várias idades, dos que recém tinham começado a faculdade até os que já estavam prestes a ser avós, que assim como eu se sentiam perdidas. Algumas se encontraram e outras continuam na busca. Mas nenhuma delas se arrependeu de ter tomado a decisão de mudar, seja de país, de emprego e/ou profissão, de casa, de namorado (a). 

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